segunda-feira, 12 de maio de 2008

Gente distraída

por Guilherme Fiúza

O ministro da Justiça, Tarso Genro, esse que faz vista grossa para as depredações do MST, sugeriu que a montagem/vazamento do dossiê FHC foi um “descuido”.

Claro que foi. Como se sabe, o PT do ministro Genro acabou com o caixa dois e inventou o “dinheiro não-contabilizado”.

Depois das trampolinagens de Vavá, o Grande Irmão, tráfico de influência passou a se chamar “ingenuidade”.

A ajuda aos empresários “desenvolvimentistas”, velhos amigos do Delfim e novos amigos do Lula, acaba de ser anunciada como “política industrial”.

Tarso Genro não dá ponto sem nó. Disse que descuido não é coisa que mereça investigação da Polícia Federal. Ou seja: afastem de mim esse cálice e esse Código Penal. Nada que um puxão de orelhas não resolva.

São precedentes muito interessantes. Como se sabe, a julgar pelas punições até agora, Delúbio, Valério e companhia não passaram de uns descuidados.

A Era Lula e seus eufemismos distraídos ainda vão provar, definitivamente, que não existe pecado do lado de baixo do Equador.

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