segunda-feira, 15 de setembro de 2008

O DNA do caos

por Guilherme Fiúza

A Bolívia de Evo Morales está um caos. E o governo brasileiro, que ajudou a plantar e a regar esse caos, agora diz que não vai tolerar rupturas na Bolívia.

O vírus do autoritarismo não tem cura. Essa política brasileira para a América do Sul, que tem as digitais de José Dirceu, Marco Aurélio Garcia, Celso Amorim e companhia neo-chavista do Itamaraty, está só começando a colher os frutos da sua brincadeira de ditadura democrática.

O cocaleiro Evo Morales era antiga aposta de Hugo Chávez para a Bolívia. Lula não só apoiou, como se meteu no processo eleitoral boliviano para favorecer o candidato chavista. Autoritarismo regado com autoritarismo.

Eleito, Morales invadiu a Petrobras e tomou o mercado do gás como refém. Lula passou a mão na cabeça do índio incendiário.

O governo brasileiro pode tudo, menos estranhar o caos e a iminência de ruptura institucional na Bolívia. Morales semeou conflitos em todas as frentes, e tem fermento de Brasília nesse bolo.

Agora o presidente cocaleiro expulsa o embaixador dos Estados Unidos, em medida claramente premeditada – tanto que repetida na Venezuela por seu padrinho, que exclama “Vão para o inferno, ianques de merda!” E o Brasil não só tolera isso, como chama essa turma para conversar sobre conciliação. Não pode ser sério.

Essa brincadeira revolucionária vai acabar mal, muito mal.

Marco Aurélio Garcia, o gênio da democracia com asterisco, brada que o Brasil não vai tolerar golpe no vizinho. Deve estar sendo aplaudido do céu pelo general Figueiredo, aquele que disse que quem for contra a abertura eu prendo e arrebento.

O grupo de Lula tem carteirinha desse imperialismo cucaracha que está na raiz da escalada violenta na Bolívia. É a mesma tática do apoio petista à revolução fajuta e criminosa das Farc.

Podem até conseguir mandar os ianques para o inferno. Mas provavelmente chegarão lá antes deles.

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