por Reinaldo Azevedo
A questão, obviamente, não vai ganhar o mundo. E nem será tratada como deveria: um escândalo. Mas vocês poderão ler tudo no texto de Christopher Booker no Telegraph.co.uk. Na segunda-feira, 10 de novembro, o Instituto Goddard de Estudos Espaciais (GISS), um órgão da NASA chefiado por James Hansen, um homem de Al Gore, anunciou que o mês de outubro fora o mais quente da história. Muita gente ficou um tanto espantada porque, vejam só!, isso contrariava a experiência e os satélites. Mas vocês sabem: como desconfiar de gente tão séria? E, sobretudo, como levantar alguma dúvida se há quem sustente que o mundo vai arder? É pecado. É proibido. Se os crentes de Al Gore falam, a gente tem de dizer amém.
Não obstante, a agência oficial da China havia noticiado que o Tibete tivera a pior tempestade de neve da história. Nos EUA, a National Oceanic and Atmospheric Administration registrou 63 áreas com queda recorde de neve e 115 outras com recordes de baixa temperatura para o mês de outubro. E constatou que 2008 teve apenas o 70º outubro mais quente em 114 anos.
E o que explicava, então, o “outubro mais quente da história” anunciado pelo amigo de Al Gore? Ah, é que haviam colhido dados sobre temperaturas mais altas do que o normal na maior parte da Rússia. Dois blogs dos chamados céticos do Aquecimento Global, Watts Up With That e Climate Audit, decidiram detalhar os números do GISS. Pois é... Eles diziam respeito ao mês de setembro, quando ainda era verão...
No dia 29 do mês passado, nevou em Londres — a primeira neve em outubro desde 1922. Enquanto isso, o Parlamento do país debatia o aquecimento global. Ninguém precisa puxar a faca. Não estou negando o aquecimento global com a mesma certeza estúpida com que se anuncia o fim do mundo "provocado pelo homem". O que me causa espécie, aí sim, é que se faça tamanho estardalhaço com um erro — na hipótese benevolente — e se procure esconder as notícias que não endossam as teses escatológicas. Divirtam-se lá com o texto.
Tarefa impossível...
Há 3 semanas
Nenhum comentário:
Postar um comentário