Hoje a América acordou reconciliada com o mundo. “Hope”, “Change”, “Future”. E com três palavras mágicas, chegamos ao Nirvana, a tocha da Estátua da Liberdade voltou a ser a luz em redor da qual gira a Terra. A América conseguiu, de uma só penada, limpar a face de um país desprestigiado na cena internacional, levando o american dream aos setes cantos do planeta. Hoje, a Uncle Sam acordou bem disposto; à distância, olha no alpendre a sua nanny, matrona, que sentada na cadeira de baloiço toma no seu colo e embala com as suas canções uma esquerda renascida, que baba e ri, com a alegria própria da idade da inocência.
Agora, é só esperar ansiosamente pelo momento em que todos os líderes do mundo vão dar as mãos, em plena comunhão e experiência evangélica. Vai ser curioso vê-los, de olhos fechados, ao som do gospel, a gritar: “Hope”, “Change”, “Future”, “Hope”, “Change”, “Future”, “Hope”, “Change”, “Future”. Que cantem, não sete vezes, mas setenta vezes sete. As vezes que forem precisas. O mundo inteiro aguarda por este momento místico. E agradece.
Tarefa impossível...
Há 3 semanas
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