quarta-feira, 25 de junho de 2008

A solidariedade marxista

por Diogo Costa, do Mídia sem Mascara

Eis o marxismo para o senso comum: generosidade, solidariedade contra a perversidade humana do sistema. Quando se usa social na formação de qualquer palavra, significa carregá-la com todos os bons sentimentos de solidariedade possíveis. Por isso quando você se mostra contrário ao socialismo, e a favor da liberdade, logo fazem um mau juízo seu.

Uma das primeiras coisas que deve ser explicada a uma pessoa indefinida politicamente, trata-se da mentirosa associação entre marxismo e generosidade, e o conseqüente afastamento do liberalismo dos bons sentimentos para com o próximo.

Marxismo está para essa solidariedade generosa como um cd player está para uma banda. Você escuta pela primeira vez e acha que são a mesma coisa, mas basta aproximar-se para perceber que chegam a ser concorrentes.

Não existe solidariedade compulsória. Não existe solidariedade compulsória. Repita isso pra qualquer um que ainda continue padecendo dessa má compreensão.

Generosidade e solidariedade referem-se a um vínculo entre duas partes. O beneficiado e o próprio beneficiário. Quando você empurra outra pessoa pra prestar o socorro no seu lugar, ou pior, quando aponta uma arma para que ela assim faça, você não está sendo solidário. Mesmo que o seu objetivo de auxílio pareça puro, seus meios não sustentam a moralidade da ação. Você não foi solidário para com o seu amigo, e nem seu amigo foi para com o terceiro; afinal, não teve escolha, foi simplesmente coagido.

O Estado é esse cano na cabeça da pessoa. Quando alguém menciona um pobre favelado que precisa de suporte, não pensa em ajudá-lo, mas obrigar toda a sociedade a prestar-lhe auxílio, querendo ou não. Pois quem se recusa a cumprir os ordenamentos do Estado tem, ou seu patrimônio, ou sua liberdade subtraída. Para prestar auxílio aos necessitados, podemos usar de diversos meios, como programas voluntários ou igrejas. Quem lança mão do Estado como instrumento está escolhendo a força.

Ajudar o tal favelado por instituições diversas, não ligadas ao Estado, é perfeitamente compatível com o pensamento liberal, e podemos dizer mais, é muito mais compatível, porque no socialismo o Estado assume essas instituições, devorando o espaço e a renda que os indivíduos disporiam para praticar seus atos solidários.

O socialismo não propaga nem cria solidariedade, simplesmente a retira do arbítrio dos indivíduos e a desconfigura, transformando-a numa causa para o uso da violência. A verdadeira solidariedade só pode existir numa sociedade onde os livres indivíduos escolhem por espontânea vontade o altruísmo.

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