quarta-feira, 18 de junho de 2008

Você já foi pra Cuba, por acaso?

Gravataí Merengue, no Imprensa Marrom

É assim que muitos pró-Cuba "argumentam" em favor da ditadura castrista. Como muito pouca gente foi até a ilha, eles invariavelmente prosseguem o "raciocínio" com coisas do tipo: "...então não diga que lá é uma ditadura!".

Pois bem: eu digo. Lá é, sim, uma ditadura.

Em primeiro lugar, vamos esclarecer o seguinte: esse povo que vai pra Cuba faz passeio turístico, e só. Inclusive - ou principalmente! - quando narram o manjadíssimo roteiro "onde nenhum turista vai", que é uma variante cubana do trajeto "com aventura" proporcionado pelos condutores de buggy em Genipabu.

Os brasileirinhos tapados acham que estão descobrindo a América e agindo como subversivos pelas vielas de Havana, mas estão fazendo uma espécie de "City Tour B". Os cubanos só não dão risada desses patetas porque não é fácil para um cubano dar risada.

Além disso, as viagens a Cuba são inócuas porque ninguém vai lá para acompanhar algum processo judicial, fiscalizar a execução de uma pena de regime fechado ou testemunhar um execução. Isso nunca!

Eles vêem meia dúzia de sobrados velhos, conhecem algum sujeito que diz "eu sou feliz aqui", e então voltam falando que lá não é uma ditadura, pois "puderam conhecer a realidade cubana".

É mentira? Fazem exatamente assim.

O ridículo apoio irracional que uma parcela da esquerda dá a Cuba meio que contamina todo o esquerdismo brasileiro. Se bem que neste país é possível defender o stalinismo ou o maoísmo sem ser preso (como se houvesse muita diferença entre isso e o hitlerismo - a não ser o fato de que Stálin matou mais gente e Mao mais ainda).

Bom, querem apoiar uma ditadura? Então apóiem. Mas não venham com a conversa mole de que "conhecem Cuba" ou "a verdadeira Havana", porque aí entramos no terreno da desonestidade intelectual.

E o nanismo do intelecto é compensado pelo gigantismo da desonestidade.

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